segunda-feira, 7 de abril de 2014

Existe um buraco

... e esse buraco vai existir enquanto eu não entender que sou eu quem vai preenchê-lo. Simples. Depois de um impulso que tive na sexta-feira a noite, vi que me excedi e fiquei no eco das minhas palavras. Nem um pio se quer e não sou eu a perguntar mais nada. A sorte dos outros é que me desconfiometro chega antes de mim. Me calo, me organizo em dores, em sonos fora de hora, em suspiros e mais suspiros. Fico calada a gritar por dentro, mesmo sabendo que esses gritos só eu para dar conta deles. Se não há um acordo de 'quereres', nada há. Fico com a vontade e finalizarei de alguma forma isso em mim, comigo, por mim e pra mim.

Quero morar no mato, quero viver na praia, quero minha família perto, quero meu espaço, minha liberdade, minha solidão, meus aminais, meus pares, minhas escolhas, minha prole, quero meu mundo construído a partir da educação dos pequenos, do cuidado com os adultos, entre lápis, papéis, agulhas, manipulações, olhares clínicos e cuidadosos... promover saúde do primeiro segundo ao último de cada dia.

Eu construí um castelo imaginário e suas fundações eram baseadas no que não era meu, no que imaginei ser, no personagem fictício que me foi sinalizado antes mesmo de qualquer movimento. O simples querer não contempla, não agrada, não satisfaz.

Vou para a oficina.

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