quarta-feira, 30 de abril de 2014

Uma amiga uma vez me disse:

- Amiga, sinto uma dor enorme no peito. Não sei mais o que eu faço.
Eu perguntei mil coisas e ela me disse que é dor de amor, ou de não amor... Sem saber o que falar, ela finalizou:
- Amiga, não se preocupe em tentar me ajudar. Só uma pessoa tem o remédio que para com essa dor, só uma pessoa no mundo.

Hoje a entendo perfeitamente. Só ele tem o remédio para o que eu sinto. O remédio é aquele 'abraço', aquele 'vamos tentar'... que seja de um sentimento sincero, não piedoso, qualquer coisa que me aproxime de verdade dele.

Mas vi que o remédio acabou e a abstinência é sofrida. Dói no corpo o que a alma sente que foi...

Pausa para respirar e seguir.


sábado, 19 de abril de 2014

Comecei...

uma viagem sem volta. Com a ajuda da amiga Rowan que olhou os vôos pra mim e consultou a disponibilidade de assento, embarquei. Realmente não tem volta. Escrevi outro dia sobre disponibilidade e o primeiro insight desse passeio, que vai ser longo e dolorido, mas importantíssimo, é que o valor até então estava na disponibilidade. R.W. Emerson disse: "O que está atrás de nós e o que está à nossa frente são coisa pouca, comparados com o que está dentro de nós". Hoje o post é pequenino e carregado de significado. Outra descoberta: falar o que sente alivia, independente pra quem. Até ontem eu olhava como humilhação, hoje vejo como alivio. A pessoa sabe, e isso é o importante. O que ela vai fazer com isso é que são elas. Minha parte eu fiz, informei. No mais, embarquei.


terça-feira, 8 de abril de 2014

Férias...

sim, tirei férias de mim. Somente quando minha presença for exigida, estarei com mais do que o corpo presente. Isso no trabalho, quando demandarem e na aula, quando realmente necessário. Fora isso, estou em férias. Não quero refletir sobre a vida, não quero saber o que eu quero ou não quero. Quero apenas ficar bem quietinha, calada e na minha. É simples. A rede, minha melhor amiga, super me acolhe assim que eu entro em casa e lá permaneço até sair novamente, por obrigação, novamente seguir para o trabalho. Aulas por dois dias na semana e uma terceira quinzenal... não é legal faltar, mas quando eu estou muito em falta, falto e sei que me prejudico, mas nessas férias, não quero julgamentos do certo e errado, do bom e ruim... quero descansar de mim, zerar e voltar com força, com vontade, comigo.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Existe um buraco

... e esse buraco vai existir enquanto eu não entender que sou eu quem vai preenchê-lo. Simples. Depois de um impulso que tive na sexta-feira a noite, vi que me excedi e fiquei no eco das minhas palavras. Nem um pio se quer e não sou eu a perguntar mais nada. A sorte dos outros é que me desconfiometro chega antes de mim. Me calo, me organizo em dores, em sonos fora de hora, em suspiros e mais suspiros. Fico calada a gritar por dentro, mesmo sabendo que esses gritos só eu para dar conta deles. Se não há um acordo de 'quereres', nada há. Fico com a vontade e finalizarei de alguma forma isso em mim, comigo, por mim e pra mim.

Quero morar no mato, quero viver na praia, quero minha família perto, quero meu espaço, minha liberdade, minha solidão, meus aminais, meus pares, minhas escolhas, minha prole, quero meu mundo construído a partir da educação dos pequenos, do cuidado com os adultos, entre lápis, papéis, agulhas, manipulações, olhares clínicos e cuidadosos... promover saúde do primeiro segundo ao último de cada dia.

Eu construí um castelo imaginário e suas fundações eram baseadas no que não era meu, no que imaginei ser, no personagem fictício que me foi sinalizado antes mesmo de qualquer movimento. O simples querer não contempla, não agrada, não satisfaz.

Vou para a oficina.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Essencial...

Tarde muito agradável com meu amado amigo. Depois de me perder (sim, pra variar!) me achei no carinho de uma pessoa que eu não imaginava que viesse comigo e preenchesse tanto em mim. Suas opiniões sinceras pegam pesado, mas como eu disse são verdadeiras (dentro da sua verdade) mesmo que desagrade. Confesso que muitas vezes chegam como uma garfada no meu rim rs. Ontem ele mandou duas que me fizeram pensar muito, inclusive até agora: não adianta querer que o cara te dê valor se você deu de primeira (simples, direto e reto, depois que ele me perguntou a quantas anda com o moço que tem tomado minha atenção, que mora em outro município) e a outra foi: nossa, vc está abatida, cara de cansada, unha feia, desarrumada... ou seja, acabou comigo. Reclamei, mas entendi o que ele disse. A nossa amizade é leve, é verdadeira. Ele pode falar qualquer coisa e eu não vou ficar com raiva... um pouco chateada as vezes, mas logo logo tudo volta ao normal... Ali eu sei que tenho um abrigo sincero, verdadeiro e quero que ele saiba que aqui também ele tem uma amiga de verdade. Tudo na sua vida aconteceu muito rápido e foi construído por ele próprio. Essa semana mais uma porrada na vida dele, um irmão a menos e ele passa a se sentir mais sozinho. Ele tem uma pessoa que é um anjinho em sua vida, sua mulher. Mas o olhar dele não é feliz... ele busca... busca... quero eu poder ajudá-lo.